terça-feira, 11 de abril de 2017

A história familiar de duas gigantes, Adidas e Puma!!!



Era uma vez dois irmãos que moravam na cidadezinha de Herzogenaurach , na Alemanha. Adolf era introvertido e artesão nato. Rudolf era mais expansivo, com grande talento para vendas. Por serem tão diferentes, eles se odiavam. E também por causa disso não conseguiam se separar. Trabalhavam juntos, na fabriqueta Gebrüder Dassler Schuhfabrik, que em alemão significa “fábrica de sapatos dos irmãos Dassler”. E, dia após dia, brigavam.
Mas nos negócios a união da qualidade do trabalho de Adi (diminutivo de Adolf) e do tino comercial de Rudi (Rudolf) dava muito certo. Eles tinham criado um tênis mais leve e anatômico do que os modelos pesadões existentes até então no mercado, e essa invenção estava deixando a dupla rica, muito rica. Por isso, conseguiam se tolerar.
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Os irmãos Dassler: Rudolf na esquerda e Adi à direita.
Os irmãos Dassler: Rudolf na esquerda e Adi à direita.
Foi assim até 1943, época do 3° Reich. Adolf era apolítico, filiado ao partido nazista por pura conveniência – Hitler incentivava o esporte na Alemanha, e isso fizera crescer as vendas de tênis. Já Rudi era um nazista fanático. Em 1943, a cidade de Herzogenaurach foi bombardeada pelos Aliados. Chegando ao abrigo antiaéreo, Adolf encontrou a família do irmão e comentou: “Os sujos bastardos voltaram”. A esposa de Rudi ouviu e achou que o comentário era endereçado a ela e ao marido. Não adiantou explicar a confusão: a relação entre os irmãos ruiu de vez.
Essa não é a única versão dos motivos da separação. Há quem diga que, com o fim da guerra, Adi teria entregado o irmão aos Aliados. Mas não há nada confirmado. Certeza mesmo é que, em 1948, Adolf Dassler aproveitou uma brecha legal para dissolver a parceria familiar e renomeou a Gebrüder Dassler Schuhfabrik para Adidas (contração de “Adi” e “Dassler”).
Rudolf deu o troco. Criou outra fábrica de tênis – a “Ruda”, mais tarde rebatizada de Puma. A criação das marcas dividiu a cidade de Herzogenaurach, cortada por um rio. Em uma das margens ficava a fábrica da Adidas. Na outra, a da Puma. “O rio virou uma espécie de Muro de Berlim”, escreveu Barbara Smit, autora de uma biografia dos irmãos. O ASV Herzogenaurach, um dos times de futebol da cidade, passou a ser patrocinado pela Adidas. O 1 FC Herzogenaurach, pela Puma. Quem estivesse com peças Adidas não entrava nos bares freqüentados por fãs da Puma e casamentos “mistos” passaram a ser malvistos.
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A competição entre Adi e Rudi era tão grande que, nos anos 70, eles não perceberam a aproximação de sua verdadeira inimiga: a americana Nike, que desbancou as duas marcas alemãs. Rudolf morreu em 1974. Adolf, em 1978. Os dois estão enterrados no cemitério de Herzogenaurach. Em lados opostos do terreno, claro.
O fim da rivalidade entre as empresas foi simbolizado apenas em 2009, quando funcionários das duas marcas realizaram uma partida amistosa de futebol. De acordo com a CNN , mesmo na morte a rivalidade ficou exposta entre os irmãos, já que ambos foram enterrados no mesmo cemitério, mas em extremidades opostas, ficando o mais longe possível um do outro.


Fontes:
http://super.abril.com.br/cultura/os-inventores-do-tenis (adaptado)
http://economia.terra.com.br/conheca-a-historia-da-briga-dos-irmaos-que-criaram-adidas-e-puma,be18fbde46890410VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html (adaptado)

Retorno!!!

Olá amigos;

Estou reativando este blog para podermos escrever sobres esportes, mas em especial sobre o FUTEBOL, logo trarei um texto interessante sobre o assunto.

Fraternal abraço...

Renan Mobarack

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Compreenda a diferença entre Direito Econômico e Direitos Federativos dos atletas

Passe


Em 1998 a Lei 9.615 de 24 de Março , a chamada Lei Pelé, acabou com a conhecida "Lei do Passe" para os jogadores de futebol, que vigorava desde 1976(Lei 6.354). Até então, os jogadores eram vinculados aos clubes, mesmo após o término dos seus contratos.

O passe existia para garantir os investimentos dos clubes em relação aos seus jogadores, embora muitas vezes os atletas eram tratados como "mercadorias". Essa regra começou a mudar na Europa a partir de 1995 e no Brasil em 1998 com a entrada em vigor da Lei Pelé.

Atualmente o atleta é vinculado pelo contrato de trabalho e pelo direito federativo. Muitos confundem o direito federativo com os direitos econômicos, mas irei tratar disto nos tópicos abaixo...

 


Ultimamente nos acostumamos a ler, ouvir e discutir bastante a respeito dos chamados “direito federativo” e “direitos econômicos” dos atletas de futebol.
Ocorre que nem todos que tecem considerações sobre o assunto sabem o que realmente significam esses dois “direitos” oriundos da atividade esportiva.

A diferença entre os direitos federativos e econômicos é de suma importância para aqueles que pretendem entender o atual cenário das transferências de atletas profissionais.

“Direito Federativo”: é o direito do clube em registrar o atleta na Federação (CBF) como vinculado a ele (clube).
O Direito Federativo nasce da celebração do contrato de trabalho entre o clube e o atleta, sendo acessório ao contrato de trabalho. Assim, uma vez terminado ou rescindido o contrato de trabalho, extingue-se também o chamado direito federativo.

Os direitos federativos não podem ser parcialmente cedidos nem divididos, ou seja os direitos federativos serão sempre 100% dos clubes nos quais os atletas estão registrados no momento, mesmo em caso de empréstimos. Se um clube A emprestar um atleta ao clube B, durante o período do empréstimo 100% dos direitos federativos serão de titularidade do clube B, ainda que, o clube A, possa deter 100% dos direitos econômicos durante o período em questão.


 “Direitos Econômicos”: representam a receita gerada com a transferência do atleta. Decorrem da cessão onerosa (temporária ou definitiva) do direito federativo.
Costumeiramente os direitos econômicos são negociados com os chamados “investidores”, que adquirem um determinado percentual dos direitos econômicos sobre um atleta, pagando ao clube que detém o direito federativo (e o direito econômico) o preço ajustado para a negociação.

Ao contrário do direito federativo, os direitos econômicos podem ser parcialmente negociados pelos clubes com terceiros. Por isso, hoje em dia ouvimos que o clube tem x % dos direitos econômicos sobre o atleta, o empresário tem y % e o clube anterior (ou qualquer outro terceiro) tem z %. Estes percentuais e estas transações só serão possíveis na incidência sobre os direitos econômicos, qualquer afirmação sobre percentuais nos direitos federativos é equivocada e impossível, conforme explicado acima.




O Direito Federativo só pode ser de um clube, devidamente regularizado junto a federação estadual e consequentemente a confederação nacional ( CBF). Não existe a possibilidade do direito federativo a um atleta ser compartilhado e/ou dividido entre dois ou mais clubes.
O prazo do direito federativo de um clube sobre um atleta terá a duração de seu contrato de trabalho, após o término do contrato o atleta estará “livre” de qualquer vínculo com o clube.




 Multa Rescisória

 É uma penalidade financeira para quem rescinde um contrato de forma unilateral, uma forma de ressarcimento para o clube ou mesmo ao atleta, uma garantia. A multa rescisória está prevista na legislação, sendo assim prevista:

Se o atleta rescinde seu contrato unilateralmente – Pagamento de multa no valor de até 400 vezes seu salário médio para transações nacionais e livres para transações internacionais.
Se o clube rescinde o contrato do atleta unilateralmente - Terá que que indenizar em 100% do valor de contrato(salários) com o atleta.




Os Direitos Econômicos

A primeira diferença já aparece no título: direitos econômicos – no plural, porque mais de uma entidade pode deter os direitos econômicos de um atleta.
Se o direito federativo só existe enquanto existir um contrato, o direito econômico só existirá se um atleta for negociado de um clube para outro durante a vigência de seu contrato.

Saudações...

Saúde e Paz!!!

Renan Mobarack



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

É hora de moralizar o país...e o futebol!!!

Iria colocar uma matéria sobre Direitos econômicos e Direitos Federativos das atletas, mas devido o fato ocorrido em um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série D, onde um massagista impediu o gol  de seus adversários e o jogo fora interrompido e encerrado por falta de segurança, eu, necessito abordar este fato e emitir minha opinião ficando para amanhã a matéria informativa citada acima.



FAIR PLAY? ONDE ESTEVE?

O fato ocorrido na partida entre Tupi MG 2 x 2 Aparecidense GO em que o massagista(não cito o nome para não dar-lhe publicidade) evitou o gol que daria a vitória ao Tupi MG e consequentemente sua classificação é um absurdo e DEVERÁ  ter uma punição exemplar ao massagista e no meu entendimento ao clube Aparecidense GO também, pois não podemos tolerar este tipo de atitude que prejudica uma equipe, uma torcida e uma cidade inteira. Todo um trabalho árduo de profissionais que sacrificam suas famílias e suas vidas é prejudicada pela atitude imoral e calhorda de um "profissional" que busca de forma sorrateira e sórdida conseguir um resultado e uma classificação que não mereciam...nesta hora eu questiono: como cidadãos brasileiros queremos honradez, seriedade e honestidade de nossa classe política, se nós aceitamos e muitos aplaudem fatos desta natureza?Se eu fosse o responsável pelo Depto de futebol do Aparecidense GO , na mesma hora eu iria ao meu capitão e mandaria recomeçar o jogo com bola ao chão e deixaria o Tupi MG fazer o seu gol, que ilegalmente fora evitado, isto sim é JOGAR LIMPO, isto sim é FAIR PLAY!!!

PUNIÇÃO RIGOROSA...

O Paulo Schimidt, Procurador do STJD deve ir às últimas consequências e PUNIR EXEMPLARMENTE o massagista(bani-lo do futebol) e o clube APARECIDENSE GO (com a exclusão da Série D), pois entendo que a anulação da partida e a remarcação pura e simples de uma outra partida é favorecer ao infrator.

RISCO DAS NOVAS ARENAS...

Caso a punição no APARECIDENSE GO não seja exemplar, temo que o futebol brasileiro correrá grande risco devido as novas arenas esportivas( estádios) que não tem separação com grades, muros e fossos dos campos de jogo...imaginem numa partida decisiva o risco que teremos de um torcedor invadir o gramado e evitar um gol? Por isto entendo ser necessária uma punição exemplar e a classificação do Tupi MG a outra fase devido ao ato irresponsável do massagista.

REPERCUSSÃO NA MÍDIA BRASILEIRA...

Simplesmente ridícula a abordagem 'cômica"dada pelas emissoras de TV nacionais ao relatarem o ocorrido, inclusive entrevistando o mau caráter, dando preciosos segundos de aparição em rede nacional debochando do bom senso, da moral, da ética e do profissionalismo de uma atividade tão importante como o futebol, quer visto como esporte ou como negócio...realmente não dá para levar nosso país a sério!!!

Desculpem pelo desabafo, mas quem trabalha no futebol e sabe das dificuldades enfrentadas no dia a dia irá entender minha indignação pela conduta imoral deste "pseudo-profissional"que pasmem, é acadêmico de educação física e poderá, um dia, ser professor de um filho ou de uma filha sua, pensem nisto!!!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Decisões não estão nas mãos de profissionais

O futebol caminha a passos largos para a tão festejada "profissionalização", termo muito usado atualmente que busca dar um caráter mais sério ao esporte-negócio que encanta bilhões de pessoas em todo o planeta. Os clubes estão buscando profissionais para a gestão interna, para o dia a dia e para funções que a bem pouco tempo eram realizadas por pessoas ligadas a política interna dos clubes, hoje profissionais do futebol se encontram em todos os setores, desde a administração de clubes aos atletas, porém dois segmentos muito importantes do futebol continuam sendo composto por pessoas que não recebem remuneração alguma na realização de suas funções, o fazem por "dedicação", por "promoção pessoal-profissional" por "contribuição" ou por "hobbie remunerado" como no caso da arbitragem e nos Tribunais Esportivos.


Acho que já tardou para profissionalizarmos estas duas áreas do futebol, pois não se pode permitir que as principais decisões dentro do campo e fora dela sejam tomadas por pessoas que tem no futebol uma atividade não profissional, sem exclusividade para tal. Escrevo isto com a propriedade de já ter sido árbitro de futebol, ter arbitrado em alto nível de competições profissionais e entender e sentir na pele as dificuldades impostas, em termos de estrutura, para se ter um apoio constante e especializado na busca pela excelência na atividade. Um árbitro não tem respaldo para ter na arbitragem uma profissão regulamentada, com todas as garantias que a legislação trabalhista lhe propicia, não tem apoio institucional para atividades básicas como fisioterapia,preparador físico, academia, nutricionista, médico, odontológico etc etc etc Tudo terá que ser provido pelo próprio árbitro se buscar estes apoios,pois as federações e confederação se limitam a palestras, escalas e taxas...o que é muito pouco para uma atividade tão importante e vital para o futebol.


Os tribunais estaduais da mesma forma, são compostos por pessoas abnegadas que emprestam seus conhecimentos jurídicos e em muitos casos sem se desfazerem de suas cores "clubisticas" eles julgam destinos, punições e impeditivos em carreiras e funções de atletas e demais envolvidos no futebol, muitas vezes apenas relatos mal feitos em súmulas e na teoria de quem não convive com o dia a dia de um clube, de uma carreira, de um mister...


Acredito que na "profissionalização" do futebol estas duas funções:Árbitros e Auditores deveriam ser profissionais e terem exclusividade no exercício de suas atividades, não se pode mais aceitar que as decisões mais importantes no futebol fiquem nas mãos de "amadores", pois eles precisam de segurança institucional, estabilidade e plano de carreira formal e, por mérito, para ascenderem nas carreiras e não ficar a mercê da empatia e/ou outros quesitos que não sejam a competência, responsabilidade, imparcialidade e honorabilidade tão básicas a estas duas funções que decidem o futebol, esporte-negócio de hoje.

Saudações...

Saúde e Paz!!!

Renan Mobarack

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Gestão no futebol brasileiro: a estratégia empresarial

No mundo atual, as organizações devem ter uma estratégia para poderem prosperar. O documento que explicita a estratégia é denominado Planejamento Estratégico.
Importante salientar que apenas existir um bom Planejamento Estratégico não garante o sucesso da estratégia organizacional. O ditado já diz que "papel aceita tudo". Portanto, é preciso ir além do planejamento, é preciso haver gestão, a Gestão Estratégica.
Gestão Estratégica é algo em que as ferramentas de gestão estão a serviço de uma estratégica concebida. Três ideias são importante, nesse sentido: futuro, ambiência e diferenciais.
Se se busca uma estratégia coerente para uma organização, buscar construir um futuro, com a presença de uma visão de longo prazo, é fundamental. Passado gera ensinamentos. Presente deve contemplar ações para se chegar onde se almeja. Mas, o futuro a que se quer chegar é o que deve orientar as ações executivas.
Outro conceito importante é o de ambiência, ou seja, a inadiável tarefa de se olhar para o ambiente externo com inteligência. Óbvio está que o ambiente interno das organizações é importante. Sucede que o ambiente externo, a ambiência, delas é mais importante ainda. Se as organizações não atendem às demandas externas, simplesmente não prosperam.
Construir diferenciais é algo premente. Nesse sentido, a ideia de estratégia se coaduna com os conceitos de empreendedorismo e inovação. Organizações têm concorrentes e, para levar vantagens sobre eles, não se deve fazer o mesmo que eles só que melhor, mas sim fazer algo diferente do que eles fazem.
Bom, e o que o futebol tem que ver com isso?
Simplesmente, as organizações contidas no futebol tem pífia atuação estratégica. Algumas, simplesmente não têm uma estratégia bem delineada. Outras, até a têm, mas abandonam seus fundamentos no primeiro obstáculo que aparece. Alguns exemplos disso são:
• Você sabe o que o clube que você torce aspira ser daqui a cinco, dez ou 15 anos? Que futuro se quer construir?
• Os clubes levam em consideração o perfil mercadológico de sua torcida ao, por exemplo, construírem seus estádios? Cadê o cuidado com a ambiência?
• Os clubes pensam diferenciais que posam ter em relação a outros clubes? Ou será que esses diferenciais são construídos na base do empirismo, e não alinhados com uma estratégia?
Parece que tudo é feito com uma visão imediatista, se quer "apagar incêndio". Isso é a própria negação da estratégia, que, nas palavras de um grande especialista, o renomado professor Paulo Robero Motta, constitui-se do fato que “o bem se faz melhor se antecipado e o mal é menos mal do que previsto”.

* Luis Filipe Chateaubriand é professor universitário na área de Gestão
Fonte: Universidade do futebol

Boa leitura...

Saúde e Paz!!!

Renan Mobarack

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Novas arenas proporcionam aumento de receitas no Brasileirão 2013.

Novas arenas aumentam público, renda e lucro de clubes no Brasileirão

Bruno Doro e Rodrigo Farah
Do UOL, em São Paulo
  • Flávio Florido/UOL
    Estádio Mané Garrincha, em Brasília, tem quatro dos dez maiores públicos do Campeonato Brasileiro
    Estádio Mané Garrincha, em Brasília, tem quatro dos dez maiores públicos do Campeonato Brasileiro

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Quem acompanha os jogos do Campeonato Brasileiro deve ter percebido que, desde a Copa das Confederações, o público aumentou bastante. O motivo para esse fenômeno é o uso dos novos estádios, construídos, em sua maioria, para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Nas 15 primeiras rodadas da competição, essas novas arenas receberam, em média, mais do que duas vezes o público dos estádios antigos. A média de Arena Pernambuco, Fonte Nova, Mané Garrincha, Maracanã e Mineirão, somando ainda o Estádio Independência e a Arena Grêmio, inaugurados entre 2012 e 2013, mas que não estarão no Mundial, é de 24.448 pessoas. Enquanto isso, todos os outros estádios somados (25 no total) tem média de 10,476 expectadores. Em números absolutos, também existe um abismo. Em 44 jogos, 1,07 milhão de pessoas passaram pelas arquibancadas dos novos estádios. Nos antigos, em 101 jogos, foram 1,05 milhão de expectadores.
Rendas aumentam quase cinco vezes
O número de pessoas nas arquibancadas, porém, não é o principal avanço que o futebol verde-amarelo está vendo. Essas novas arenas são, também, muito mais lucrativas. A renda dos jogos, por exemplo, é 4,7 vezes maior (246 mil contra 1,17 milhão). Isso faz com as 17 maiores rendas do torneio, até agora, venham de novos estádios.
O duelo entre Santos e Flamengo, no dia 26 de maio, marcou a inaugurações oficial do estádio Mané Garrincha, em Brasília, e foi a despedida de Neymar do time paulista. Com público de 63.501 pessoas, rendeu R$ 6,9 milhões em bilheteria, recorde histórico do Campeonato Brasileiro. O segundo da lista é clássico Vasco e Flamengo, também em Brasília, com 61 mil pessoas e renda de R$ 4 milhões.
O Pacaembu, graças ao sucesso do Corinthians em atrair torcedores às arquibancadas, é o único estádio velho na lista das 26 maiores rendas do ano. Ele aparece pela primeira vez no 18º lugar, com o duelo entre Corinthians e Atlético-MG, no dia 14 de julho, com 32 mil pessoas e renda de R$ 1,15 milhão. O próximo estádio velho a aparecer é o Serra Dourada, com público de 31 mil pessoas e renda de R$ 815 mil em Goiás 1 x 1 Corinthians, no dia 29 de maio – o jogo é o 26º da lista.
Lucro com partidas sobe mais de cinco vezes
O item que mais subiu, no entanto, é o lucro que cada partida proporciona. Usando a renda líquida como base de comparação, as partidas nas novas arenas rendem, em média, R$ 693 mil. Nos outros estádios, esse número é mais de cinco vezes menor: R$ 131 mil.
Esse número surpreende, principalmente, porque é muito mais caro realizar uma partida em uma nova arena do que nos velhos estádios. A média de custos básicos dos sete novos estádios é de R$ 485 mil, contra R$ 114 dos antigos. Esses custos básicos envolvem gastos como pagamento de seguros, de pessoal e taxas burocráticas, como arbitragem, Federação e antidoping, além do aluguel do próprio estádio (cobrado na maioria das vezes).
Neste critério, Mané Garrincha é estádio mais lucrativo do país, com média de renda líquida de R$ 1,5 milhão. O Mineirão é o segundo, com R$ 819 mil. O Pacaembu (R$ 617 mil) aparece em quinto lugar, atrás ainda de Arena Grêmio (R$ 759 mil) e Maracanã (R$ 639 mil). O pior desempenho entre as novas arenas é do Independência, com média de renda líquida de R$ 231 mil. O estádio mineiro, porém, é menor do que os outros: tem capacidade de 23 mil lugares, contra 46 da Arena Pernambuco, o menor dos estádios da Copa.
Clubes comemoram aumentos
Entre os clubes, o uso das novas arenas virou motivo de comemoração. O Náutico, por exemplo, teve um aumento de 32% de público ao sair do Aflitos (média de 13.122 torcedores)  e passar a jogar na Arena Pernambuco (17.392). A renda líquida cresceu ainda mais, em quase 100%: passou de R$ 159mil para R$ 317 mil a cada partida.
O motivo para isso, é claro, são as facilidades que uma instalação moderna fornece.  "Nosso público teve um aumento grande. O valor arrecadado com a alimentação, por exemplo, subiu 40%, pois oferecemos muitos mais produtos e de maior qualidade. É uma lanchonete de cinema e temos muito mais pontos de venda. A satisfação do torcedor é muito maior atualmente e isso aumentou o nosso público", disse o diretor de futebol do time pernambucano, Alexandre Melo.
No Cruzeiro, a comemoração também é grande. O motivo é simples: durante a reforma do Mineirão, o time teve de jogar fora de Belo Horizonte por quase dois anos. Quando o estádio foi reinaugurado, a torcida azul aproveitou: enquanto a média dos quatro primeiro jogos foi de 14 mil pessoas no Independência e na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, no Mineirão o número subiu para 20 mil.
"O time ficou dois anos longe de Belo Horizonte e criou uma demanda reprimida muito forte. Além de o estádio ser uma novidade para todos,  o fato de essa demanda reprimida na cidade ter crescido impulsionou bastante nossas receitas. Isso sem contar a montagem do time, que foi muito boa. Temos um bom grupo de jogadores, que motivou a torcida a ir ao estádio", afirma Marcone Barbosa, diretor de marketing do Cruzeiro.
"Para o Cruzeiro, (a volta do Mineirão) tem sido muito positiva. Aumentamos nosso programa de sócio-torcedor e temos uma expectativa de faturamento na bilheteria de R$ 50 milhões para essa temporada", completa Barbosa. Até agora, o time soma, em oito jogos no Brasileiro, renda de R$ 6,7 milhões. Nas partidas no Mineirão, a média de sócios torcedores nas arquibancadas é de 10 mil, contra 6 mil nos jogos em outros estádios.
  • Wesley Santos/Pressdigital
Arena Grêmio supera desconfiança inicial
No Grêmio, a sensação inicial foi de que seu novo estádio ficava devendo ao atrair público. A torcida chegou a reclamar do preço dos ingressos e, nos últimos jogos, foram feitas promoções para atrair novos torcedores. Os números, porém, mostram que a inauguração da Arena Grêmio está sendo muito benéfica para o clube.
A média de público no ano passado, quando o time ainda usava o Olímpico, era de 18.966. Neste ano, com a Arena, subiu para 22.461. Mesmo excluindo o Gre-Nal, a média ainda é superior (19.965) à de 2012. O problema é a comparação do público médio com a capacidade do estádio, de 60 mil lugares.
A Arena, porém, é lucrativa. A renda líquida é de R$ 759 mil e o custo fixo, um dos mais baixos nas novas arenas (R$ 164 mil). O estádio, porém, tem um dos menores custo/ torcedor do campeonato. A cada pessoa que entra na Arena, o Grêmio paga R$ 7,31 – como comparação, no Mané Garrincha esse índice é de R$ 33,18. Por causa disso, os responsáveis pela administração do local estão satisfeitos com os resultados até agora.
 "Ainda não deu para fazer uma análise completa. Temos uma margem pequena de jogos. Mas já percebemos que a receita do clube aumento muito. Em números absolutos, nossa arrecadação é mais de duas vezes a antiga. E estamos apenas no oitavo mês de operação. Isso ainda vai aumentar, com certeza. Estamos aperfeiçoando muitas coisas, como acontece com qualquer empreendimento. Em dois anos vamos oferecer tudo o que podemos", analisa Eduardo Antonini, ex-presidente da Grêmio Empreendimentos, a empresa responsável pela gestão da Arena Grêmio.
No Rio, Maracanã é solução e problema
Nem tudo, porém, é perfeito no universo das novas arenas. E o Maracanã é o melhor exemplo disso. O estádio carioca tem média de quase 30 mil expectadores por jogo (29.595) e grande lucratividade. A empresa que gerencia o local, no entanto, tem custos altos para seu uso. No clássico entre Fluminense e Flamengo, pela 13ª rodada, por exemplo, a renda líquida do jogo foi de R$ 1,4 milhões, mas o Complexo Maracanã ficou com R$ 619 mil desse valor.
No único jogo do Flamengo como mandante no Maracanã, os custos fixos do estádio foram ainda maiores. A renda bruta foi de R$ 3 milhões, mas a líquida, de apenas R$ 1 milhão. Entre as retenções, o aluguel do estádio custou R$ 1 milhão, elevando para R$ 1,9 milhão o custo da partida. Por isso, a diretoria decidiu usar mais vezes o Mané Garrincha, em Brasília.
  • Sérgio Lima/Folhapress
O estádio da capital federal tem as taxas mais caras (a média de custo fixo é de R$ 1,3 milhão), mas compensa no preço dos ingressos. Em média, cada torcedor paga R$ 70 por ingresso em Brasília, contra R$ 40 no Maracanã.
Quem não gosta muito dessa vida itinerante são os jogadores. Nas primeiras rodadas após a parada da Copa das Confederações, por exemplo, o elenco rubro-negro passou 45 dias longe do Rio de Janeiro. "O Maracanã é a casa do Flamengo e é claro que nós sempre queremos estar no Rio. Mas entendemos alguns compromissos e preferências da diretoria", disse o goleiro Felipe, que chegou a reclamar da rotina de viagens.
A situação, no entanto, é bem melhor com o Maracanã do que sem ele. Com o estádio em reforma e o Engenhão interditado, a capital ficou, durante boa parte do torneio, com só um estádio, São Januário, disponível para o torneio. Fluminense e Botafogo optaram por jogar em Volta Redonda e Macaé. E se arrependeram. Os sete jogos (incluindo um do próprio Vasco) realizados no interior deram prejuízo. O Flamengo viajou, jogando em Minas Gerais e Santa Catarina, além do Distrito Federal.
O uso de São Januário também não atenuou muito as coisas. Dos 13 jogos realizados no estado do Rio Janeiro no torneio, dez tiveram renda líquida negativa – três no estádio do Vasco. Nessas partidas, a média de público foi de 6.782 torcedores e a renda líquida de apenas R$ 6 mil.

Fonte: globoesporte.com

Saudações...
Saúde e Paz!!!

Renan Mobarack